A complexidade é sem dúvida, uma das marcas do atual cenário econômico e corporativo. Negócios globalizados, notícias de grandes fusões e incorporações empresarias e de um movimentado cenário macroeconômico em nível mundial são alguns dos fatores que, muitas vezes, trazem reflexo negativo para a saúde financeira das empresas.
O mês de janeiro, por exemplo, registrou no Brasil, um crescimento de 27% nos pedidos de recuperação judicial das empresas. De acordo com a lei implementada em 2005 e baseada no princípio de evitar as falências, os processos de recuperação judicial são fundamentados num plano de recuperação apresentado pelos negócios que estão enfrentando dificuldades.
Muito além de apenas resgatar a saúde financeira e o relacionamento da empresa em recuperação com seus stakeholders e credores, o processo de recuperação acaba sendo uma reinvenção para as empresas, como bem aponta Eduardo Boniolo, sócio-administrador da Aptar Gestão Empresarial.
O grande paradigma a ser quebrado pelas empresas, de acordo com Eduardo, é justamente o fato de pensar na Governança Corporativa como uma solução de curto-médio prazo que, independente do custo da implantação, trará inúmeros benefícios.
“O ambiente vivido por uma empresa em dificuldade ou recuperação judicial, é prioritariamente de redução de custos. Porém, é preciso analisar em que momento da vida da empresa algo deu errado e reinventá-la. Isso por si só é um fato que necessariamente precisa ser visto com olhos de governança corporativa”, explica o executivo.
Segundo Eduardo, não basta implementar a Governança Corporativa é necessário o efetivo monitoramento da sua aplicabilidade nas atividades da empresa. Diversas empresas adotaram o monitoramento da sua Governança através dos processos internos, porém recentemente a tecnologia agregou grande valor para o mapeamento e a manutenção desses processos.
“Vivemos um momento em que o mapeamento de processos está mudando a partir da automação que facilita a constante atualização e acompanhamento dos processos corporativos. Este é um avanço muito grande que as empresas estão descobrindo e aos poucos vêm adotando em função das auditorias e da necessidade de certificação da efetividade de seus controles exigidos pela Lei Sarbanes-Oxley (SOX). A automação vem colaborar para a certificação e também para a agilidade das informações, definição e delegação de responsabilidades, cumprimento de prazos, satisfação dos clientes, ou seja, para a eficiência total dos negócios”, finaliza
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